Foi para isso que eu vim   

03/02/2024 Por IAA

4 fevereiro — Domingo V do Tempo Comum

1. Jesus tem sempre diante de si a razão pela qual o Pai O enviou ao mundo.

Essa razão é o seu alimento, como Ele próprio disse: «O meu alimento é fazer a vontade de meu Pai e realizar a sua obra» (Jo 4, 34). Para nunca se afastar dessa vontade, Ele permanece constantemente em união de coração e de vontade com o Pai. Diz-nos o texto do evangelho de hoje: «De manhã, muito cedo (…) retirou-Se para um sítio ermo e aí começou a orar.» E os discípulos sabem onde o encontrar: a sós com o Pai. Este é o segredo da vida de Jesus, esta relação íntima com o Pai que ele mantém e aprofunda através da oração. Este deve ser também o segredo de cada discípulo de Jesus. Ele quis partilhar connosco a sua oração para que pudéssemos entrar nela no mesmo Espírito. «Quando rezardes rezai assim: Pai nosso… seja feita a vossa vontade…». Temos aqui um eco da sua oração no Getsémani: «Abba Pai… que não se faça a minha vontade mas a tua». E a vontade do Pai, aquilo para o qual foi enviado, é a salvação dos homens. «Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também, porque foi para isso que Eu vim». E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demónios.


  2. Toda a vida de Jesus é uma sementeira de esperança.

Ele semeia o reino no coração de cada pessoa que encontra e ela experimenta a felicidade das bem-aventuranças. Entrando em casa de Pedro, dizem-lhe que a sogra dele está doente e Ele aproxima-se dela, tomou-a pela mão e levantou-a. Ele vem para dar-nos a vida e a vida em abundância. Sempre que cada um de nós, prisioneiro de qualquer espécie de mal, estende para Ele as suas mãos suplicantes, Ele faz o que fez com a sogra de Pedro: aproxima-se de nós, estende a sua mão e ergue-nos da nossa situação. Foi para isso que Ele veio. Para curar, salvar, dar esperança e vida, perdoar, tirar do vazio e do caos a nossa vida e dar-lhe sentido e plenitude. No próximo sábado, véspera do Dia Mundial do Doente, celebraremos em S. Jorge, uma missa pelos doentes com unção dos enfermos, às 11h00. Pedimos, desde já, a Jesus que faça algo semelhante ao que fez em casa de Pedro, através do sacramento da unção dos enfermos, erguendo-os para uma esperança e uma alegria nova.


  3. «Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também, porque foi para isso que Eu vim».

Jesus tem bem claro qual é a sua missão para a qual o Pai o enviou. Pregar o reino para que os homens e mulheres saibam que são amados por Deus e encontrem a plenitude da alegria. Por isso cura, perdoa, anuncia um caminho novo. Também Paulo, que se encontrou com Jesus no caminho de Damasco, sabe bem qual é a sua missão. «Ai de mim, se não evangelizar» (1 Cor 9,16). Ele tem a certeza que foi essa a missão primeira que Jesus lhe confiou e não pode afrouxar essa missão.  E se o faz, é porque esse Cristo que encontrou no caminho de Damasco deu tanta alegria à sua vida que Ele sabe que pode mudar a vida de todos aqueles que acolherem o evangelho. Escrevia Paulo VI na Evangellii Nuntiandi: «Nós queremos confirmar, uma vez mais ainda, que a tarefa de evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja» (3). «Evangelizar constitui, de facto, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar» (14).

As nossas igrejas, que são a igreja na proximidade das nossas casas, foi para isto que foram criadas e enviadas. E devemos constantemente escutar a voz do Espírito para Ele nos ajudar a discernir se estamos a realizar bem este mandato e pedir-lhe a criatividade para o fazermos melhor. Alegra-nos toda a sementeira que é feita nas paróquias com os percursos Alpha, com o COR, com a catequese, DIA e com tudo o resto.

PPP

– Fala a Jesus das pessoas que sofrem ao teu lado.

– Convidar alguém para a Missa de Nossa Senhora Desatadora dos Nós no próximo sábado.