COMO VIVER A CRUZ COMO CAMINHO DE TRANSFIGURAÇÃO?

II Domingo da Quaresma 28 Fevereiro 2021

«Cristo morreu e, mais ainda, ressuscitou, está à direita de Deus e intercede por nós!» (Romanos 8,34)

A Cruz não é o fim! A Cruz não é o objetivo, é o caminho que nos deve conduzir à vida em Deus e com Ele! É um meio para seguir Cristo e assemelhar-nos a Ele.
A minha cruz insere-se na Cruz de Cristo: as cruzes que carregamos podem parecer-nos misteriosas e incompreensíveis, mas elas ganham sentido na história da salvação. A Cruz nunca é agradável, mas não devemos ter pretensões de a carregar “com um sorriso”, nem de a carregar sozinho – nem Jesus o fez, tendo a ajuda de Simão de Cirene!

I. Identificar as nossas maiores cruzes e as dificuldades

Ousemos olhar de frente as nossas dificuldades, pois fingir que não
existem não ajuda… bem pelo contrário!
Procurar ainda as cruzes que deram à nossa vida momentos de luz e de
transfiguração, para nos apoiarmos em experiências de vitória e de
vida pela Cruz.

II. Entrar na esperança de na confiança

«Estou convencido de que os sofrimentos do tempo presente não têm
comparação com a glória que há de revelar-se em nós.» (Romanos 8,18)

«Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados, de acordo com o seu desígnio.» (Romanos 8,28)

«Estou convencido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos nem
os principados, nem o presente nem o futuro, nem as potestades, nem
a altura, nem o abismo, nem qualquer outra criatura poderá separar-
nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, Senhor nosso.» (Romanos 8,38-39)

III. Receber as bênçãos de Deus e viver das suas promessas

Deus não nos promete menos do que a Abraão: «Já que assim
procedeste e não Me recusaste o teu filho, o teu filho único, abençoar-
te-ei e multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu
como a areia das praias do mar, (…) na tua descendência serão
abençoadas todas as nações da terra». (Génesis 22,12) E Deus renova
as suas promessas em Jesus para que, escutando-O, as tornemos
nossas! «Este é o meu Filho muito amado: escutai-O!»
Todas estas pistas para viver as nossas cruzes como caminho de transfiguração, de luz e de vida, não nos afastam da Cruz. Esta não será menor, nem maior, por causa delas! Mas criaremos no nosso coração um belo hábito para as viver com uma maior alegria, por estarmos próximos de Deus e crescermos em liberdade!
«Dá-me a alegria de ser salvo»

PPP – Próximo Pequeno Passo

— Relembrar uma Cruz transfigurada e dar graças por ela

— Apresentar a Jesus um sofrimento presente, na verdade e na fé
de que Ele o pode transfigurar
— Aprender de cor Romanos 8,18.28.38-39